As alterações climáticas têm impactos nos custos, nas receitas e na reputação da empresa. Por isso, desempenham um papel fundamental na definição da nossa estratégia.
A importância deste tema traduz-se num compromisso com a adaptação às alterações climáticas e de potenciais ganhos financeiros, mais do que da resposta a exigências legais e regulatórias.
Pegada carbónica
O impacto ambiental dos CTT reflete-se principalmente nas emissões de poluentes atmosféricos, essencialmente gases de efeito de estufa (GEE). Estas emissões devem-se sobretudo ao transporte próprio e subcontratado que fazemos, que são responsáveis pela quase totalidade da nossa pegada carbónica (scopes 1, 2 e 3).
O facto de, desde 2015, comprarmos eletricidade verde para 100 % dos nossos consumos reduziu significativamente as emissões anuais do scope 2. Contribui também para reduzir a pegada carbónica global da empresa e para atingir as metas de redução de emissões carbónicas, absolutas e específicas, que adotámos.
As emissões indiretas associadas ao transporte subcontratado (scope 3) continuam a representar a maior parte das emissões. Seguem-se as emissões diretas que resultam do consumo de combustíveis e de gás (scope 1) e as emissões que resultam do consumo de eletricidade e da climatização (scope 2).
Globalmente, somos uma empresa ambientalmente pouco agressiva, em comparação com outros setores de atividade. Ao comparar a intensidade carbónica dos CTT com o seu impacto em termos de criação de valor, verifica-se que a nossa contribuição para o PIB nacional (VAB/PIB) foi de 2 ‰, ficando muito acima da nossa contribuição para as emissões globais de GEE a nível nacional, que foi de 0,3 ‰ (scopes 1 e 2).
Considerando as emissões de carbono diretas (scope 1) e as indiretas (scope 2), em 2018, a cada objeto postal transportado correspondeu uma emissão carbónica de 14,2 g de CO2.
Scope 1 | Emissões provenientes da utilização da frota própria | 16.078,0 ton |
Emissões resultantes do consumo de gás | 98,5 ton | |
Total scope 1 | 16.176,5 ton | |
Scope 2 | Emissões decorrentes do consumo de eletricidade | 0 ton |
Emissões decorrentes do consumo de energia térmica | 188,5 ton | |
Total scope 2 | 188,5 ton | |
Scope 3 | Emissões provenientes do transporte rodoviário por frota subcontratada | 19.812,0 ton |
Emissões provenientes do transporte aéreo | 11.272,8 ton | |
Emissões provenientes do transporte marítimo | 56,3 ton | |
Emissões provenientes de viagens de serviço em transporte aéreo e ferroviário | 7,7 ton | |
Emissões provenientes do commuting | 6.868,4 ton | |
Total scope 3 | 38.017,2 ton | |
Total scopes 1+2+3 | 54.382,2 ton |
Gestão carbónica
As alterações climáticas têm impacto nos custos, nas receitas e na reputação da empresa. Por isso, desempenham um papel fundamental na definição da nossa estratégia.
Na maioria dos casos, a importância do tema vem do compromisso com a adaptação às alterações climáticas e de potenciais ganhos financeiros, mais do que da resposta a exigências legais e regulatórias.
Em matéria de gestão energética e carbónica, adotamos os princípios expressos na nossa Política de Gestão Energética, Carbónica e de Alterações Climáticas.
Subscrevemos e participamos ativamente em vários programas e índices de gestão carbónica, nacionais e internacionais. A nossa estratégia de gestão energética procura contribuir para que o aumento da temperatura média global não chegue aos 2 graus centígrados, respondendo ao desafio lançado pela Convenção do Clima.
Metas SBTi – Science Based Targets
Em 2017, a SBTi aprovou as nossas novas metas de emissões carbónicas. Fixar estas metas tem como objetivo garantir que o aumento da temperatura média global não chega aos 2 graus centígrados.
As metas aprovadas são duas (o que é pioneiro neste setor). No período entre 2013 e 2015:
- reduzir as emissões totais em 30 %
- reduzir em 20 % as emissões por carta ou encomenda.
Programa EMMS - Environmental Measurement and Monitoring System
Este programa do International Post Corporation (IPC) avalia o desempenho de vários operadores postais em matéria de impacto ambiental.
No rating setorial de proficiência carbónica, conseguimos a terceira melhor classificação, de entre os 20 principais operadores internacionais. O destaque foi para:
- a significativa redução das emissões carbónicas resultantes da nossa atividade direta, desde o início deste programa
- o nosso desempenho na gestão carbónica.
Adotámos como nossas as metas setoriais de redução da intensidade carbónica, por carta e por encomenda entregues, estabelecidas pelo IPC, de acordo com os requisitos da SBTi indicados acima. A meta era de menos 20 % de emissões (scopes 1, 2 e 3) até 2015.
CDP - Carbon Disclosure Project
Na edição de 2018, reafirmamos a posição de (A-) no índice CDP - Carbon Disclosure Project
no que respeita a alterações climáticas. Com desempenhos acima da média do nosso setor e da média nacional, ficámos em 2.º lugar a nível nacional e no 3.º lugar no setor postal mundial.
Sugestões de leitura
Se este tema lhe interessa, sugerimos que consulte também:
- Esfera CTT
- Projetos e iniciativas
- Relatórios e índices
- Princípios, políticas e outros normativos
- Correio Verde
- Comunicação publicitária sustentável