CTT apresentam selos sobre os cinco séculos da presença portuguesa nos mares austrais

11 de Outubro, 2021

Os CTT apresentam, esta sexta-feira, dia 11 de outubro, uma emissão filatélica, sobre os cinco séculos da presença portuguesa nos Mares Austrais, com evocação de João da Nova, um fidalgo galego que, ao serviço da coroa portuguesa, navegou para o Oriente seguindo a rota de Vasco da Gama por duas vezes, em 1501 e 1505. Faleceu pouco depois da batalha de Ormuz, em 1509, aos 49 anos.

Esta emissão filatélica é composta por dois selos, com o valor facial de 0,70€ e 0,91€ com uma tiragem de 75 000 exemplares cada. O design dos selos esteve a cargo de Luís Taklim.

De acordo com o mencionado na pagela desta emissão, “a figura de João da Nova relaciona-se com a atividade postal da sua época, embora o rei D. Manuel I ainda não tivesse nomeado Correio-mor na altura das suas viagens. De facto, em 1500, Pedro Álvares Cabral, depois de fazer o desvio que lhe permitiu revelar oficialmente a descoberta do Brasil, em vez de regressar a Portugal seguiu para a Índia. Na viagem de regresso, em 1501, na baía que é hoje Mossel Bay, na África do Sul, o comandante deixou uma carta dentro de uma bota, pendurada numa árvore. Na carta, relatavam-se os acontecimentos da sua viagem à Índia, os naufrágios ocorridos e as perdas de embarcações, nomeadamente a de Bartolomeu Dias e a sua consequente morte. Esta carta destinava-se à primeira armada portuguesa que por ali passasse, e viria a ser lida por João da Nova, que partira de Lisboa a caminho da Índia na sua primeira viagem, no dia 5 de março de 1501, antes da chegada a Lisboa da destroçada armada de Cabral. A carta lida por João da Nova terá sido a primeira carta a ser «depositada» na «Árvore do Correio», narrando informações sobre as viagens das várias frotas da carreira da Índia. Esta «Árvore do Correio» com mais de 500 anos, ainda hoje permanece de pé, perpetuando a memória da função que serviu.”

As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas: CTT Restauradores em Lisboa, Palácio dos Correios, no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.