CTT lançam selos sobre as Raças Autóctones de Portugal

6 de Fevereiro, 2020

Os CTT apresentam esta quinta-feira, dia 6 de fevereiro, uma emissão filatélica sobre raças autóctones de Portugal, dando continuidade às coleções de 2018 e 2019 e demonstrando a riqueza do património português e o desafio da sua conservação.

Apesar das mudanças no mundo rural, estas raças apresentadas em selos, têm ainda um papel de relevo a desempenhar, seja na produção de carne, na prevenção de incêndios, no turismo e lazer ou ainda como parte de um ecossistema que se quer completo e em equilíbrio.

Dos equinos, estão representados nesta emissão o Cavalo Sorraia e o Cavalo Garrano. Os primeiros são uma população que foi recuperada a partir de um pequeno núcleo de animais encontrado no vale do rio Sorraia. A raça encontra-se classificada como “particularmente ameaçada” já que o efetivo atual ronda os duzentos animais. O Cavalo Garrano, historicamente utilizado na agricultura e no transporte, tem atualmente um papel importante em atividades lúdicas, turísticas e terapêuticas. Por ser criado em liberdade, desempenha também um papel fundamental no ecossistema do qual faz parte.

Dos caprinos, estão representados em selos a Cabra Algarvia, um animal que está tão bem adaptado à paisagem que se confunde com ela. Explorada exclusivamente para a produção de carne, recentemente a cabra Bravia também tem sido utilizada em programa de prevenção de incêndios, já que consegue consumir a vegetação em zonas de muito difícil acesso; e a Ovelha Churra Algarvia, que desce cedo se distinguiu pela corpulência, sendo atualmente criada em regime extensivo para a produção de carne.

Por fim, esta emissão apresenta dois selos do grupo dos bovinos: o Touro Garvonês e a Vaca Maronesa. Utilizada tradicionalmente no trabalho agrícola, a raça Garvonesa está hoje classificada com “particularmente ameaçada”, em virtude do reduzido número de animais existentes, detidos por menos de dez criadores. Atualmente é explorada em regime extensivo, de pastoreio, para a produção de carne. A raça Maronesa historicamente, foi muito utilizada no trabalho agrícola, sendo hoje em dia uma raça que se distingue na produção de carne, sobretudo de vitela.

Esta emissão filatélica é composta por seis selos e uma folha miniatura com seis selos. Todos os selos têm uma tiragem de 100 000 exemplares cada e há dois selos com o valor facial de 0,53€; dois com o valor facial de 0,86€; e outros dois selos com o valor facial de 0,91€.

O design dos selos esteve a cargo da Carla Caraça Ramos dos CTT e as ilustrações de Carlos Medeiros.

As obliterações de primeiro dia serão feitas nas lojas dos Restauradores em Lisboa, Munícipio II no Porto, Zarco no Funchal e Antero de Quental em Ponta Delgada.